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Sem açúcar, com açúcar. Com farinha de tapioca ou mandioca. Com peixe frito ou charque. Diferentes maneiras de consumir um ingrediente que faz parte do cotidiano (e do coração) do povo paraense: o tão amado Açaí.
Não foi à toa que o prato “açaí + peixe frito” foi eleito, em votação popular, como o prato símbolo dos 400 anos de Belém. E de fato, é bem paraense mesmo almoçar esse prato lá no mercado do Ver-o-Peso. Lembro da primeira vez que vivi isso, em meio a um trabalho da faculdade, tirando um tempo no meio de toda a correria para viver essa experiência. Não nego que vale a pena. Até porque o mercado também é um dos principais pontos turísticos da cidade.
O açaí é tão parte do paraense que conheço famílias que o consomem todos os dias, sendo parte essencial do almoço e jantar. E além disso, quem nunca tomou açaí no almoço e precisou de pelo menos uns 10 minutos de descanso? Por algum motivo que não sei dizer, o fruto enche e muito, e dá um baita cansaço depois.
Isso também me lembra uma foto que tenho quando criança, toda suja de açaí, e fazendo uma pose engraçada. Inclusive, percebo que é quase simbólico ter que fotografar a criança na primeira vez que está experimentando o açaí, com aquela carinha toda suja e feliz. Legal mesmo era ter que lavar a roupa que sujava depois, e ficava com aquela mancha (de felicidade) roxa. Mas ao menos isso rende boas memórias! E não podemos esquecer as boquinhas roxas nas redes que o consumidor tira e posta, para explanar a felicidade em ter o açaí neste dia. Além da foto do prato, pra fazer inveja a todos.
Outra coisa que considero bem cômica até são os memes criados diante disso. Dizem que o melhor jeito de pedir um paraense em namoro não é com flores e chocolate, mas sim comprando uns litros de açaí. Vai emocionar bem mais e o “sim” é certeiro.
O açaí é tão bom que em outros Estados o pessoal até tenta imitar. E aí inventam de colocar leite ninho, e frutas, e leite condensado, e diferentes ingredientes que tiram toda a essência do fruto. Não adianta tentar imitar porque o verdadeiro açaí só está aqui.
Termino este texto com um trecho de uma música que representa muito o que é o Açaí. “Quem vai ao Pará, parou; tomou açaí, ficou!”